Você sabia que existem diferentes tipos de cicatrizes? As cicatrizes são uma parte natural e inevitável do processo de cura do corpo humano que acontece por conta de lesões, cirurgias e de outras formas de trauma na pele.
No entanto, nem todas as cicatrizes são iguais, sendo que elas podem variar em tamanho, forma, cor e textura, dependendo de uma série de fatores. Isso inclui, por exemplo, a genética, a localização da lesão e os cuidados tomados posteriormente.
Neste conteúdo, vamos explorar com mais detalhes, quais são os diferentes tipos de cicatrizes, desde a cicatrização normal, até as cicatrizes hipertróficas e queloides.
Assim como as suas características distintas e as opções de tratamento disponíveis para melhorar a sua aparência e para minimizar potenciais complicações.
Tipos de cicatrizes: como ocorre a cicatrização normal e o que esperar
Dentre os tipos de cicatrizes que podem acabar afetando o nosso corpo ao longo da vida, a cicatrização normal, sem dúvida, é a mais esperada e desejada.
Quando o processo de cicatrização ocorre da forma ideal, ele resulta em uma cicatrização normal, o que é muito importante para manter a saúde e a função adequada da nossa pele.
Durante a cicatrização normal, o corpo passa por uma série de fases complexas que se relacionam.
A primeira fase, conhecida como fase inflamatória, se caracteriza pela resposta imune do corpo à lesão. Ela ocorre quando há o recrutamento dos glóbulos brancos para o local da lesão para combater qualquer infecção e remover possíveis detritos celulares.
À medida que a fase inflamatória diminui, ocorre a fase proliferativa, onde as células especializadas (fibroblastos) entram em ação.
Os fibroblastos são responsáveis por produzir um novo tecido conjuntivo, incluindo o colágeno, que serve como uma espécie de “tijolo” e é fundamental para a reconstrução da pele que sofreu danos.
Por fim, ocorre a fase da remodelação, onde o tecido cicatricial começa a se remodelar e se reforçar gradualmente.
É durante essa fase que a cicatriz inicial pode parecer bastante vermelha, elevada e endurecida. Mas a coloração e a textura tendem a ficarem bem mais suaves com o tempo.
No entanto, a grande questão é que nem todas as cicatrizes seguem esse padrão ideal. Infelizmente, pode acontecer de o corpo não conseguir realizar o processo ideal de cicatrização, levando a cicatrizes hipertróficas e quelóides.
Abaixo, vamos entender um pouco melhor o que são essas cicatrizes hipertróficas e quelóides, bem como as opções de tratamentos disponíveis para cada caso.
Cicatriz hipertrófica: características e tratamentos disponíveis
As cicatrizes hipertróficas representam uma resposta anormal do corpo ao processo de cicatrização, que acaba resultando em uma elevação excessiva do tecido cicatricial sobre a pele adjacente.
Diferentemente das cicatrizes normais, que tendem a suavizar e a desbotar com o passar do tempo, as cicatrizes hipertróficas podem permanecer sempre elevadas e podem ser acompanhadas de sintomas como coceira, dor e sensibilidade.
Dessa forma, algumas das principais características das cicatrizes hipertróficas incluem:
Elevação excessiva
As cicatrizes hipertróficas se caracterizam por uma elevação excessiva em relação à pele ao redor.
Isso ocorre por conta do acúmulo excessivo de colágeno durante o processo de cicatrização.
Coloração
Geralmente, as cicatrizes hipertróficas possuem uma coloração mais avermelhada em comparação com a pele normal, uma característica que pode acabar surgindo por conta da vascularização aumentada na área da cicatriz.
Presença de outros sintomas
Além da aparência elevada, as cicatrizes hipertróficas também podem apresentar sintomas como coceira, dor e sensibilidade. Isso pode causar muito desconforto para os pacientes no dia a dia.
Por que as cicatrizes hipertróficas podem acontecer? Elas ocorrem quando o corpo produz um excesso de colágeno na área da lesão.
Isso pode se desencadear por diversos fatores, como tensão excessiva na ferida, cicatrizes que tiveram deiscência, infecção ou inflamação prolongada e predisposição genética.
Felizmente, existem algumas ótimas opções de tratamentos disponíveis que podem ajudar a reduzir a aparência das cicatrizes hipertróficas e aliviar os sintomas associados a elas, sendo as principais:
- Compressão da cicatriz: o uso de fitas de silicone, malhas ou mesmo o micropore, fazem a compressão suave na cicatriz diminuindo o estímulo vertical de crescimento da cicatriz.
- Terapia a laser: a terapia a laser pode ser usada para suavizar a aparência da cicatriz e reduzir a vermelhidão.
- Tratamentos tópicos: existem também algumas opções de géis e cremes tópicos, como silicone, para se aplicar na cicatriz e deixá-la mais macia, reduzindo a sua elevação.
Queloides: diferenças em relação às cicatrizes hipertróficas e opções de tratamento
Os queloides são outro tipo de cicatriz que, ao contrário do que muitos pensam, são bem diferentes das cicatrizes hipertróficas em várias características.
Apesar de ambos os tipos serem uma resposta anormal do corpo ao processo de cicatrização, os queloides possuem algumas características distintas que os tornam um tipo de cicatriz bem único.
Uma das principais características dos queloides é a sua tendência a crescer além dos limites da lesão original.
Ao contrário das cicatrizes hipertróficas, que permanecem delimitadas praticamente dentro da área da lesão, os queloides podem acabar se estendendo para além dela, formando uma massa elevada e irregular.
Além disso, os queloides possuem uma tendência maior de recorrência após o tratamento em comparação com as cicatrizes hipertróficas.
Por isso, mesmo após a remoção cirúrgica, os queloides podem retornar e até mesmo aumentar.
Como se não bastasse, os queloides tendem a ter uma aparência mais espessa e mais elevada do que as cicatrizes hipertróficas. Isso faz com que sejam mais dolorosos.
Mas, para a felicidade de muitos, apesar dos queloides serem bastante desafiadores de tratar por conta da sua propensão à recorrência, também existem opções de tratamento para melhorar a sua aparência.
É o caso, por exemplo, das injeções de corticosteróides na cicatriz, terapia a laser e a remoção cirúrgica total ou intralesional dos quelóides.
Contudo, é indispensável que os pacientes procurem uma orientação especializada para entender quais opções de tratamento para quelóides que se aplicam em cada caso, inclusive para avaliar se será necessário associar a betaterapia (radiação ionizante local) para diminuir a recorrência.
Afinal, o plano de tratamento ideal vai depender de muitos fatores, incluindo o tamanho e a localização da cicatriz.
Tratando os diferentes tipos de cicatrizes: conheça a Dra. Rafaela Katerine
Se você sofre com a aparência das suas cicatrizes e deseja entender se há opções de tratamento para melhorá-las, a Dra. Rafaela Katerine, especialista em estética e cirurgia plástica, pode te oferecer soluções personalizadas para o seu caso.
Com o apoio de uma profissional experiente, é possível alcançar uma pele mais saudável e bonita, dando adeus aos incômodos causados pelos quelóides e pelas cicatrizes hipertróficas.
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